O carnaval gay no Brasil é uma oportunidade excelente para o grupo de pessoas que vive uma sexualidade fora da heterossexualidade se reunir a pretexto de festa. O que acontece, e tal é fonte de notícia na comunicação social, é que esta altura da folia é aproveitada por gays, lésbicas, bissexuais e drags para adquirirem visibilidade com toda a liberdade que esta celebração permite.

Carnaval do Rio é também conhecido, em todo o mundo, como carnaval gay: uma intensidade típica e insubstituível


Fato Homem das Cavernas FelizNão será por acaso que em qualquer parte do mundo a associação de carnaval gay ao carnaval do Rio de Janeiro é quase imediata. Tal acontece porque a participação massiva destes grupos de pessoas é já uma espécie de ritual nas ruas, nos bailes e nos desfiles das escolas de samba. Há, inclusive, uma referência para quem – sendo gay, lésbica, bissexual ou drag - desconhece o melhor local para a diversão gratuita nesta cidade durante as festividades: perto da praia de Ipanema, a Rua Farme de Amoedo, é onde existe a maior concentração de carnaval gay no Rio de Janeiro.

Neste local é possível dar de caras com personalidades famosas de toda a parte do mundo, uma espécie de força ao movimento gay até no carnaval. Mas a festa não se faz só na rua e ao ar livre – também em bares e em cafés a comunidade gay celebra o carnaval com a intensidade que só o Rio de Janeiro, e o Brasil, consegue.

Há uma espécie de oficialização do carnaval gay no Rio de Janeiro quando, a certa altura, o trânsito é – por esta comunidade – interrompido em muitas zonas da cidade


São os chamados blocos de rua que oficializam, por assim dizer, o carnaval gay no Rio de Janeiro. E como o fazem? Fazem-no, pois claro, parando o trânsito em várias zonas da cidade por entre desfiles e uma festa de arromba protagonizada por drag queens, imensamente divertidas e com uma comicidade indescritível, que encarnam a Carmem Miranda como a figura mais típica que escolhem representar.

Mas nem só de carnaval de rua se diverte a comunidade gay no Rio de Janeiro: não faltam bailes em locais que já se tornaram em uma tradição – como o Scala Gay. Lá é possível encontrar uma mistura de exotismo com luxo em forma de fantasias e de máscaras. Este baile é também um momento televisivo com bastante audiência no Brasil.

Dos bailes para as discotecas o carnaval gay não para no Rio de Janeiro ao ritmo do samba e de outras músicas que aquecem a folia e a alegria dos conterrâneos e dos turistas gays que afluem à cidade nesta época do ano.

A irreverência, a alegria, a espontaneidade, a diversão e o espírito livre são as palavras que caracterizam melhor o carnaval gay do Rio de Janeiro – o que serve tanto para gays como para os que não são nem gays nem preconceituosos: há espaço e alegria para todos, até porque a melhor parte da festa está sempre ainda por chegar e essa é, claro está, a parte dos desfiles das escolas de samba onde todos juntos e todos diferentes vão assistir a um espectáculo sem igual.

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