O Natal de cada pessoa é diferente, mas há sempre aspectos em comum a todos os lares: a família reunida, as botas na lareira à espera dos presentes, a árvore cheia de brilhantes e bonecos, tanto crianças como adultos expectantes... e os reluzentes sinos de Natal para ajudar a chamar o velhote de barbas brancas!
No entanto, sabe qual o significado original destes objectos, principalmente ligado à religião cristã?
Além de se tratarem de meros elementos decorativos e de, na nossa imaginação, adornarem o trenó do Pai Natal e as suas renas, os sinos de Natal simbolizam a divulgação da notícia do nascimento de Cristo - ou, como é popularmente conhecido, o Menino Jesus. Por isso, a este significado de anúncio à humanidade acerca do aparecimento do Salvador, também se alia a mensagem de boa sorte e de boas-novas.
Ainda dentro do simbolismo cristão, os sinos de Natal representam a anunciação e convocação dos fiéis para perto do divino, porventura da igreja matriz (ainda que, neste caso, relacionado com um ambiente mais rural), estabelecendo a comunicação entre o Céu e a Terra. Até o próprio som destes objectos provoca emoção em quem o escuta, falando figurativa mente ao coração.
Sendo o Natal que conhecemos uma celebração cristã, é uma quadra repleta de símbolos, por muito que nem sempre os consigamos identificar. A nossa própria imaginação e fantasia ocidental é sempre constituída, ainda que inconscientemente, por símbolos religiosos.
Que outros aspectos do Natal carregam um simbolismo religioso?
É mais fácil referir, em primeiro lugar, que toda a celebração natalícia tem o seu quê de religioso.
A árvore simboliza a vida, enquanto as bolas são os frutos dessa vida, um agradecimento a Deus pela vinda de Jesus Cristo; as músicas populares, mais conhecidas como cânticos, espalham a mensagem divina de valores morais (amor, fraternidade, boas acções); o cordeiro da ceia simboliza esse mesmo animal que terá retirado o pecado do mundo; a estrela representa aquela que guiou os três Reis magos até ao local de nascimento do Menino Jesus.
Na verdade, até o próprio Pai Natal, por vezes injustamente aliado ao consumismo difundido pela cultura norte-americana, é inspirado no Bispo Nicolau, natural da cidade de Myra, na Turquia, e que viveu no século IV. Esta personagem quase lendária era conhecida por ajudar quem mais precisava, daí o Pai Natal da cultura ocidental distribuir presentes (que, mais uma vez, são igualmente uma metáfora para aqueles que os Reis Magos ofereceram a Jesus).
Com tanto simbolismo envolto na tradição, existem muito mais elementos dela representativos, além dos sinos de Natal.
Este ano, quando montar a árvore, com certeza irá lembrar-se e reflectir acerca de cada pormenor da sua decoração natalícia. Afinal, já faz tudo parte de nós e da nossa tradição familiar, mesmo para aqueles que não acreditam realmente na fé cristã.
É engraçado como algo tão simples quanto os sinos de Natal pode carregar tanto significado! Saiba mais com a Misterius