São muitos os adereços que compõem os fatos de carnaval de pirata. Mas de onde surgiu esta fantasia senão de uma realidade de pirataria? Como se desenrolou em Portugal esta que está na origem de momentos fantasiosos e divertidos na grande festa que é o carnaval?

Pala, chapéu, ganchos e pernas de pau, armas, papagaios: estão prontinhos os nossos fatos de carnaval de pirata


Por que raios e coriscos usam os piratas uma pala? Contrariamente ao que vulgarmente se pensa, este adereço servia para estes homens terem sempre um dos olhos disponíveis para adaptá-lo a ambientes escuros e pouco ou nada tem que ver com uma deficiência física. No entanto, a pirataria envolvia muito perigo e acção – o que os impossibilitava, muitas vezes de andar por serem atingidos nas pernas e nos braços. É daqui que surgem as pernas de pau e os ganchos, artigos imprescindíveis nos fatos de carnaval de pirata – , como substitutos dos membros inferiores e superiores.

Quanto ao chapéu a escolher nos fatos de carnaval de pirata terá mesmo de ser um tipicamente chapéu tricórnio ou, dito de outra forma, um chapéu com três lados.

No que às armas diz respeito, os piratas geralmente usavam armas de pederneira, cutelos na forma de machado e adagas. E papagaios, os piratas também andavam com papagaios – a melhor forma de arranjarem dinheiro, já que os vendiam.

Quando surgiu a pirataria em Portugal e o que está na origem do chamado corso – a pilhagem autorizada? Eis uma informação essencial para se vestir a rigor, este ano, com fatos de carnaval de pirata

Estávamos no século catorze e o corso constituía uma forma fácil e barata para enfraquecer o inimigo ao perturbar as suas rotas marítimas. Neste caso o grande objectivo dos portugueses era dominar o estreito de Gibraltar por forma a combater parte da pirataria e do corso sarraceno, já que o domínio deste espaço implicava torna-lo em um importante entreposto comercial.

Terá sido nesta altura que D. Dinis contratou Manuel Pessanha: ficava com um quinto da riqueza dos barcos e com os navios e as armas destes. A partir de meados dos anos quarenta deste mesmo século os corsos portugueses passam a pagar o tributo, tal como pagavam a D. Dinis, de um quinto das pilhagens efectuadas ao Conde D. Henrique.Os fatos de carnaval de pirata podem servir para encenação de uma peça de teatro alusiva a esta época da história, parece-lhe bem?

Por curiosidade, refira-se que o corso português terá assumido um destaque especial contra o reino de Granada, no sul de Espanha, conseguindo enfraquecer, desta feita, o domínio deste reino muçulmano na Europa.

Mas a verdadeira cena de piratas portugueses na história que dá vontade de contar, para que os fatos de carnaval de pirata sejam completamente vestidos, refere-se à espionagem – pelos piratas – no Atlântico quando em finais do século quinze o Reino de Portugal enviou Duarte Pacheco Pereira em uma expedição para saber se as 370 léguas das ilhas de Cabo Verde realmente existiam.

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